sexta-feira, 6 de maio de 2011

A dor invisível

                                                          
      Desconforto é a primeira palavra que me vem ao lembra quer sofro de um mal que não é visível  para justificar meus afastamentos do trabalho, principalmente para mim mesma, como se não bastasse a culpa pela depressão, agrava a própria depressão.
    A mais ou menos dois anos comecei a sentir insônia, irritação e muita tristeza, principalmente quando chegava ao trabalho. Custei a ligar os fatos, hoje consigo ver com total clareza o quanto fui afetada pelos acontecimentos.
   O ambiente de trabalho era hostil eu passava a maior parte do dia angustiada, pensando que a qualquer momento o monstro iria atacar com seus insultos, ironias, constrangimentos assediando de várias maneiras com olhares maliciosos, comentários, insinuações, controle excessivo de horários, tempo para o café, saída para o almoço.
   Sentia-me como um malabarista de circo equilibrando muitos pratos rodando sobre  varetas. O esforço foi ficando a cada dia maior e minha tática de ignorar o assédio já não surtia efeito, sem encontrar uma saída, visto que ele, meu carrasco tinha total apoio de seu superior hierárquico foi: primeiro passo remédios para dormir, crises de ansiedade e até o dia de hoje tratamento com antidepressivos e terapia. Meu sono voltou ao normal, mas meus pratos ainda bamboleiam sobre as varetas e às vezes não consigo ser rápida o suficiente para manter os pratos girando.
Meu carrasco, foi transferido, mas às vezes me espia e reaparece com outra pele, outro rosto, até parece angelical, às vezes.

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