sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Deserto

Aridez é essa a visão que me vem à cabeça quando penso na minha falta de vontade de escrever, via um longo deserto a minha frente, um oco, um fosso, não que não tivesse assunto, mas a preguiça me consome ou consumia até o presente momento. O que me fez sair do ostracismo descritivo foi o fato de me ver menos louca do que o normal, menos deprimida mais obrigada a voltar à sanidade e me fazer forte pela necessidade. Acho que to mais louca do que o normal. Vejamos qual a avaliação desta que vos fala: o cansaço do dia de trabalho enfadonho, o filho que se descobre gay e todos os desdobramentos que essa escolha exerce sobre ele, o pai imbecil com dificuldades patéticas a filha que descobre aos vinte e quatro anos que “não sabe quem é” não sabe se quer o que tem ou se vai à luta atrás do que lhe convém. Tenho medo de morrer antes de ensiná-los a lidar com tais perrenges. Que Deus me ajude, tenho medo dele lembro sempre quando preciso e rezo meio sem fé. 

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